sexta-feira, novembro 18, 2005

Enterrar Lenine


O tempo não poupou Lenine. Não bastava o facto da sua ideologia e o seu partido terem caiu em ruínas há já bastante tempo, agora são os seus restos mortais, conservados no mausoléu da Praça Vermelha, que começam a criar bolor. Daí o problema que de novo se coloca: será que o corpo deveria ser transladado para outro lugar?O New York Times debruçou-se sobre a questão, lembrando que já na altura em que esteve no poder, Ieltsine não conseguiu convencer os russos a aceitarem a mudança do fundador da União Soviética para fora da sua praça de honra. Agora, foi um colaborador directo de Putine, Gueorgui Poltavchenko, que relançou o debate afirmando que era altura de enterrar Lenine. A imagem de Lenine está mais do que nunca rodeada de controvérsia. Herói ou monstro, revolucionário ou assassino, arquitecto de uma grande e ambiciosa experiência social ou oportunista que criou, com os seus camaradas, um Estado policial totalitário. A rádio “Ecos de Moscovo” tem realizado sondagens que revelam que mais de dois terços dos russos pensam que não só Lenine, mas também todas as outras personalidades soviéticas, devem deixar a praça Vermelha. A última palavra, como sempre, caberá a Putine, o que leva o NYT a achar que a proposta de Poltavchenko não passa de um balão de ensaio lançado pelo presidente.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como podem enterrar um homem que continua vivo? Vejam os actuais candidatos à presidência da República do vosso país e de certeza que não se importariam de me ter como presidente.

Saudações Leninistas

Xausovsky

2:03 da tarde, novembro 18, 2005  
Blogger Ana Ribeiro said...

Apoiado!

Saudações leninistas-bloguistas!

3:35 da tarde, novembro 18, 2005  
Blogger Monteiro said...

Apoiar um ditador é como assinar um contracto de privação de liberdade... mesmo assim boa sorte..


Não se admirem de terem a opressão á porta

Eheheheheh

Tenho dito!!!

4:29 da tarde, novembro 18, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Andas nervoso Monteiro.

Ditadores são aqueles que te pagam o ordenado.

A minha ditadura é a liberdade.

Xausovsky

4:47 da tarde, novembro 18, 2005  

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