Presidenciais 2006 (Isto é mesmo a sério?)

Hoje apetece-me ser um bocado mais sério no meu post diário. Como quase todos vocês devem saber, eu sou um verdadeiro aficionado da política e, por essa razão, tenho acompanhado a degradante pré-campanha eleitoral para as presidenciais de Janeiro de 2006. A verdade é - na minha singela opinião - que estamos perante as piores eleições para a presidência da República Portuguesa desde o 5 de Outubro de 1910.
A chamada esquerda apresenta quatro candidatos (não há ainda a certeza do eterno Garcia Pereira, senão serão 5) e sabe desde início que a derrota é praticamente certa. Temos um oitentão, sempre bem disposto e sorridente, que pouco mais faz que dar beijinhos às crianças e de dizer "Eu sou um humanista, um anti-salazarista...", etc., etc. Depois o poeta-deputado, deputado-poeta, poeta-candidato, candidato-poeta Manuel Alegre que, fazendo uma birra à menino mimado por o PS não o ter escolhido a ele, lança-se de cabeça para algo que ele próprio desconhece como fazer. Nem os discursos em forma de poema o deverão salvar, apesar de ser aquele que, nas sondagens, mais se aproxima do "Agarrado" Silva.
Os outros dois candidatos para ajudar à festa decidem competir um com o outro logo numa altura destas! Isto é inaceitável. O Jerónimo "Baila-Baila" Sousa passa a vida a dizer mal do BE e o Francisco"Sou do Contra" Louçã a dizer mal do PC.
Para o mal dos nossos pecados - pelo menos dos meus - o "Agarrado" vai ganhar a merda das eleições. E não vai ter de suar muito, basta-lhe fazer-se de sério. Vamos ter um verdadeiro tecnocrata durante, pelo menos, quatro anos. Se isso não acontecer é porque muita coisa ainda está para acontecer o que, pelo "andamento da carruagem", parece difícil. Como disse um dos nossos caros companheiros à uns dias atrás: Porca Miséria!!!