quarta-feira, maio 16, 2007

Comprar têxteis para salvar o Aves



Três certezas: só o FC Porto anima a Liga, estimula a economia e se prepara para revitalizar outra área em crise de um País de pedintes. A dúvida é se será Jesualdo a querer ser campeão ou os jogadores.


O FC Porto adiou o título de campeão para a última jornada. A Liga está ao rubro, embora sempre me pareça azulão. Mas faz bem a muita gente, apesar do risco de vários ataques cardíacos, sempre um mal menor nas ondas de calor.


Há três certezas nesta semana que corre com mais um facto não político a desviar a atenção do desgoverno em desmembramento potencial e das trapalhadas da câmara lisboeta, já que milagres vão faltando ainda que Fernando Santos seja crente.


1) só o FC Porto anima a Liga, devia tê-la sentenciado mais cedo para os distraídos das arbitrariedades habituais que vão de Elmano “Leiria” Santos a Pedro “Luz” Proença, além do carismático Lucílio “Sportinguista” Baptista a quem não há milagre que salve na sua putativa impunidade de falsear resultados.


2) não deve tardar aí mais uma roda de ministros confiantes na recuperação económica do Norte empobrecido mas generoso na complacência perante os políticos de fachada e nas dádivas extremas, seja a iminência de oferecer um título de campeão ou desperdiçar um lugar de permanência na Liga da salvação nacional.


3) sem ter-se ouvido falar mais das portagens nas SCUT, anestesiando as consciências nortenhas, e depois de aberta a A42 para escoar o stock da Capital do Móvel para Lisboa, esta semana deve revitalizar-se a zona do vale do Ave(s) e o têxtil agasalhará as gentes da capital com previsão de procura que nem a China satisfaria.



Há seis anos…


Ao Aves, agora, não vai faltar apoio nacional. Para compensar as falhas doutros tempos. Isto se alguém tem memória do 13 de Maio de 2001.
Seis anos depois, a data não é despicienda.
Jogou-se, então, a 32ª jornada marcada por três factos, senão históricos pelo menos com algumas estórias e um até como marco:
a) a curiosidade de todos os jogos terem tido pelo menos 3 golos, embora o Marítimo tenha ganho só por 2-1 fora;
b) o Benfica ter perdido por 3-0 em Barcelos e confirmado a ausência das provas europeias pela 1ª vez no seu historial
c) Aves e E. Amadora (3-2) defrontaram-se, tal como ontem sucedeu.
O primeiro apontamento é redundante, ainda que pouco usual, mas pode complementar-se com as vitórias de 3-0 do FC Porto sobre a U. Leiria e do Paços de Ferreira em Alvalade (3-1) que motivou forte contestação a Dias da Cunha; além da goleada (5-1) de campeão do Boavista em Paranhos para manter 4 pontos de avanço para o FC Porto.

O segundo registo ficou mesmo na história: o Gil Vicente deu três ao Benfica que terminaria em 6º lugar e os encarnados iniciaram o primeiro de dois anos de ausência da Europa do futebol, pois na época seguinte seria o FC Porto, já com Mourinho, a deixar os encarnados a ver as eurotaças pela televisão.


A terceira nota podia ter resultado em História, de facto, apesar de então se terem defrontado os últimos e já despromovidos, Aves então com Carvalhal e Carlos Brito na primeira das que seriam várias épocas fora de Vila do Conde mal sucedidas.
… não houve História!


Mas não houve história nas Aves. Os dois clubes despromovidos manifestaram processos de intenção mas nenhum levantou a voz contra o que os prejudicou: a ilicitude fiscal do Benfica, devedor ao Fisco e que devia ter descido de divisão por isso mesmo tal como era dos regulamentos mas ninguém os fez cumprir.


Argumentaram, as carpideiras do regime, que tendo o Benfica feito a autodenúncia da sua ilicitude, não devia pagar por isso além do que restava pagar ao Fisco (uns bons milhões de contos). Já se sabe que um ladrão ou assassino confessos podem ter atenuantes, mas nunca se livrarão da prisão. No caso, depois de anos de inter-ajudas políticas como a de Manuela Ferreira Leite a aceitar acções benfiquistas sem valor de mercado e o secretário Vasco Valdez, a despromoção seria incontornável.


O melhor, afinal, que os dirigentes deste futebol amoral fizeram foi, depois, mudar os regulamentos para pôr a salvo os incumpridores: não mais haveria articulados morais e regras espúrias para não serem cumpridas. Aboliu-se a pena.


E ainda há quem, à espera do estafado Apito Dourado, pugne pela aplicação da dura lex, sed lex à moda italiana, pegando no exemplo da Juventus despromovida mas de memória tão curta que esquece o proteccionismo descarado ao Benfica.


Foi há exactamente 6 anos.

Mas não há milagres de Fátima, na política e no futebol.
(texto retirado de um blog)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Por que é que a conversa da treta tem sempre que acabar no Benfica??? Que falta de criatividade...

PS: Não se preocupem que o meu sobrinho "Obrigado" Benquerença estará no Dragão para que não haja qualquer imprevisto...

11:11 da manhã, maio 16, 2007  
Blogger Luís said...

Quim:

Tu que te escondes debaixo desse bigode que não tens...

sai desse capote ó Home D'ancora!

Fala-se sempre do Benfica mas no cú do post, isto é, o local mais indicado...

3:14 da tarde, maio 16, 2007  

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